Em reunião realizada na quarta-feira, 21 de outubro, em São Paulo, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) apresentou mais uma proposta que não atende as expectativas e se encontra bem abaixo das reivindicações dos bancários que buscam 16% de reajuste salarial. A Fenaban sugeriu apenas 8,75%, que prontamente foi rejeitada pela categoria.
Durante os três últimos encontros com os representantes dos bancários, a Federação propôs reajustes bem abaixo da inflação, que no período foi de 9,5%. Em primeira negociação, a oferta foi de 5,5%, mais um abono de R$ 2.500,00; no segundo encontro, realizado após o início da greve, foi proposto 7,5%, sem o abono e agora 8,75%.
Contudo, apesar da aparente crise, os bancos brasileiros continuam obtendo lucros altíssimos. Somente no ano passado foram arrecadados R$ 7,1 bilhões de lucro líquido. Já agora em 2015, apenas nos meses de janeiro a março, o lucro foi de R$ 1,5 bilhão. O que prova que a saúde financeira das instituições está indo de “vento e popa” e que os mesmos podem sim atender a proposta do movimento sindical.
A Caixa Econômica Federal, inclusive, vem afirmando que não pode acatar as solicitações da pauta específica de seus empregados devido aos limites do orçamento e do cenário econômico atual. Nós Gestores, que somos representantes da empresa, temos o claro entendimento da importância de seguir respeitando as normas e os preceitos da CEF. Contudo, sabemos da necessidade de melhores salários e da contratação de mais empregados.
Mas, como continuar mantendo esse importante processo na busca por resultados com a atual greve? Tendo o entendimento de que a proposta dos bancos precisa ser melhorada, nos posicionamos anuentes as ações do movimento sindical na busca por um reajuste baseado no ganho real.
Diante disso, continuaremos seguindo em frente com o firme propósito de oferecer todo nosso profissionalismo, mas reiterando a necessidade de melhorias nos salários, condições de trabalho dos empregados e melhor atendimento aos clientes. Manteremos-nos atentos ao andamento das negociações, que ao que parece, seguirá acontecendo até que haja uma proposta que seja condizente com os anseios de todos.